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Quem Sou Eu: Fabrício Siqueira

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Nascido na cidade de Bom Jesus do Itabapoana, no norte do estado do Rio de Janeiro. Biólogo, Astrônomo amador e autodidata em diversas áreas de conhecimento.

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11 de dez. de 2009

Parasitas: Leishmania spp e Leishmaniose



O gênero Leishmania compreende protozoários parasitas que possuem como hospedeiros vertebrados, uma grande variedade de mamíferos, entre eles, o homem. Seus hospedeiros invertebrados (e também vetores destes parasitas) são as fêmeas de insetos pertencentes à ordem Diptera; família Psychodidae e sub-família Phlebotominae (flebotomíneos, que no Brasil , são conhecidos vulgarmente como "mosquitos-palha"ou birigui). As espécies deste gênero constituem os agentes etiológicos da leishmaniose, uma parasitose de grande importância em humanos e animais, cuja a trasmissão ocorre através da picada do inseto infectado no momento da hematofagia.

Classificação taxonômica do parasita:

- Reino: Protista
- Sub-reino: Protozoa
- Filo: Sarcomastigophora
- Sub-filo: Mastigophora
- Classe: Zoomastigophorea
- Ordem: Kinetoplastida
- Família: Trypanossomatidae
- Gênero: Leishmania


Estes protozoários apresentam duas formas principais, os amastigotas (forma arredondada e desprovida de flagelo) e os promastigotas (formas alongadas que apresentam flagelo anterior), como são mostradas na figura ao lado. Entre as espécies que se destacam na patologia da leishmaniose humana estão: L. aethiopica; L. amazonensis; L. brasiliensis; L. chagasi; L. donovani; L. major; L. guyanensis; L. mexicana; L. panamensis; L. peruviana; L. tropica; dentre outras.




O ciclo biológico de Leishmania spp. apresenta estágios nos hospedeiros vertebrados e nos insetos vetores e se inicia quando o hospedeiro vertebrado é infectado com as formas promastigotas metacíclicas (que correspondem as formas infectantes) através da inoculação pelas fêmeas dos flebotomíneos durante o repasto sanguíneo.Uma vez no organismo hospedeiro, os parasitas são interiorizados (fagocitados) por células do sistema mononuclear fagocítico, especialmente os macrófagos . Após a internalização,o promastigota se encontra no interior de uma estrutura conhecida como vacúolo parasitóforo, e possuem mecanismos para escapar da ação microbicida da própria célula q o internalizou. O promastigota, no interior da célula se transforma em amastigota, uma forma ainda mais resistente, e inicia o processo de sucessivas multiplicações. Posteriormente a célula hospedeira é rompida e os amastigotas resultantes das multiplicações, são liberados, podendo ser interiorizados por outras células fagocíticas mononucleares.

Os insetos vetores podem ser infectados durante o repasto sanguíneo em um ser humano infectado ou em animais infectados, ocorrendo a ingestão de amastigotas que podem estar presentes no sangue, na linfa interstícial, ou mesmo a ingestão de células fagocíticas contendo amastigotas em seu interior. No trato digestivo do inseto, os amastigotas se convertem em promastigotas procíclicos (não são ivasivos para as células), se dividem por fissão binária e migram para a probóscide do inseto (já como promastigotas metacíclicos, ou seja, infectantes) e podem ser transmitidos para os hospedeiros vertebrados através de sua picada, reiniciando o ciclo (Mostrado resumidamente na figura abaixo).

Os promastigotas que não são fagocitados, não conseguem sobreviver no meio extracelular, pois são atacados pelo sistema imunológico do hospedeiro. As moléculas de lipofosfoglicano (LPG) e de glicoproteínas gp63 (que possui ação enzimática como proteases) estão relacionadas com os mecanismos utilizados pelos parasitas para resistir à ação microbicida dos macrófagos, no interior dos mesmos.

Portanto a sobrevivência no interior destas células consiste na estratégia utilizada por protozoários Leishmania para disseminar a infecção no interior do hospedeiro. A figura à esquerda mostra macrófagos infectados in vitro por Leishmania donovani : Em A, temos a internalização de dois promastigotas (indicado pela seta) pelo macrófago. Em B, podemos observar as formas amastigotas intracelulares. Em relação aos insetos transmissores do parasita, os flebotomíneos, temos dois gêneros importantes: Phlebotomus (vetores da leishmaniose na África, Europa e Ásia) e Lutzomya (vetores da leishmaniose nas Américas), mostrados, respectivamente na próxima figura.









Manifestações Clínicas da Leishmaniose:

- Leishmaniose cutânea, cutâneo-mucosa e cutâneo-difusa,: Doença zoonótica que acomete diversas espécies de animais domésticos ou silvestres e o homem. As principais manifestações observadas podem ser classificadas de acordo com seus aspéctos clínicos, patológicos e imunológicos. A Forma cutânea localizada é caracterizada por lesões ulcerosas indolores, únicas ou multiplas; a forma cutâneo-mucosa se caracteriza por lesões agressivas nas regiões nasofaríngeas. As lesões podem se disseminar por disseminação hematogênica ou linfática, assim , as lesões disseminadas se apresentam como múltiplas úlceras cutâneas, podendo resultar na forma difusa, com lesões nodulares não-ulceradas.No Brasil, as principais espécies de Leishmania relacionadas com estes tipos de manifestações são L. amazonensis (cutânea e cutâneo-difusa), L. brasiliensis (cutânea, cutâneo-mucosa e cutâneo-difusa) e L. guyanensis(Cutânea e cutâneo-mucosa).

A lesão inicial é manifestada por um infiltrado inflamatório na derme (uma das camadas da pele), contendo principalmente linfócitos e macrófagos, estes últimos estando infestado de parasitas. Essas lesões podem regredir após um período de tempo, podem permanecer estacionárias ou evoluírem para nódulos dérmicos (histiocitomas), localizados no sítio da picada do vetor. No local ocorre uma reação inflamatória e necrose resultando na desintegração de epiderme e da membrana basal, que culmina com a formação de uma lesão úlcero-crostosa. A leishmaniose cutâneo-difusa está associada a uma deficiência na resposta imunológica do paciente. Esta forma da doença caracteriza-se por um curso crônico e progressivo por toda a vida do hospedeiro, não respondendo aos tratamentos convencionais. Na figura seguinte podemos ver em A- Lesões nodulares no pescoço; B- Lesões ulcerosas; C- Lesão do tipo cutâneo-mucosa; D e E- Lesões cutâneo-difusas e F- Cão apresentando lesões características da leishmaniose.


- Leishmaniose Visceral: Também conhecida como Kal-Azar ("doença negra" em sanscrito), esta forma da doença é causada principalmente pelas espécies L. donovani, L. infantum e L. chagasi. Consiste na forma mais severa da leishmaniose, sendo crônica, com alta letalidade caso não seja tratada e apresenta aspectos clínicos e epidemiológicos diversos e característicos para cada região onde ocorre. Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença incluem desnutrição, uso de drogas imunossupressoras e co-infecção com o vírus HIV. Representa uma doença infecciosa sistêmica, caracterizada por febres irregulares de média intensidade e longa duração, esplenomegalia, hepatomegalia, acompanhada de anemia, leucopenia, trombocitopenia, hipoalbuminemia, hipergamaglobulinemia, além de outros sintomas. O emagrecimento, o edema e a debilidade progressiva contribuem para a caquéxia e o óbito na ausência de tratamento. Há evidências de pessoas que contraem a infecção e não chegam a desenvolver a doença, se recuperando espontaneamente ou mantendo um equilíbrio na relação parasito-hospedeito, de modo que permaneçam assintomáticas. A figura seguinte mostra pacientes acometidos pela forma visceral da leishmaniose.


Epidemiologia,Diagnóstico, Tratamento e Profilaxia

As espécies do gênro Leishmania possuem uma ampla distribuição geográfica e são comumente encontradas em roedores,marsupiais, edentados (tatús e tamanduás), canídeos e primatas. Raramente ocorre a doença nos hospedeiros considerados como reservatórios naturais do parasita. A leishmaniose visceral é considerada endêmica em 62 países, sendo uma doença típica de zonas rurais e a presença do parasita em uma região depende de fatores, tais como a presença do inseto vetor e de hospedeiros vertebrados susceptíveis. Raposas representam o reservatório silvestre dos protozoários e os cães representam o reservatório doméstico, cuja infecção tem sido encontrada em íntima associação com os focos de infecção humana.

As medidas de profilaxia consistem no diagnóstico e tratamento dos doentes; eliminação de cães com sorologia positiva (embora nem sempre seja fácil aplicar este tipo de medida) e combate ao inseto vetor. No Brasil há uma vacina disponível para a leishmaniose canina, cujo nome é Leishmunj. Entre os métodos utilizados para o diagnóstico estão: pesquisa do parasito em aspirados de medula óssea, fígado baço e linfonodo; técnica de reação de polimerase em cadeia (PCR); teste de Montenegro, reação de imunoflorescência indireta (RIFI); reação de fixação de complemento (RFC) e ensaio imunoenzimático (ELISA). No tratamento são utilizadas drogas antimoniais, como o Glucantime (antimoniato de N-metilglucamina) e Pentostan (estibogliconato sódico), por via intravenosa ou intramuscular. Medidas alternativas para o tratamento têm sido pesquisadas devido aos fortes efeitos colaterais dos animoniais. Na tabela abaixo são mostradas as principais drogas utilizadas no tratamento da parasitose.


As ações de controle voltadas para o tratamento humano, identificação e sacrifício de cães soropositivos e controle da população de flebotomíneos, devem ser aplicadas de acordo com as condições locais de transmissão e em conjunto para uma melhor eficácia. Entretanto, devem ser empregadas outras ações de promoção da saúde, acompanhadas de vigilância epidemiológica e da educação da população para a saúde e o bem estar social.

Referências

- Neves, D.P. et al., Parasitologia Humana, Edição 11, Ed. Atheneu
- Henry W Murray, Jonathan D Berman, Clive R Davies, Nancy G Saravia. Seminar: Advances in leishmaniasis, Lancet 2005; 366: 1561–77.

Ver Também

Distribuição Geográfica da Leishmaniose Pelo Mundo:

http://en.wikipedia.org/wiki/File:Leishmaniasis_world_map_-_DALY_-_WHO2002.svg


[ ]´s

6 comentários:

  1. De início, gostaria de dizer que eu conheço uma planta que cura ferimento da Leishmaniose em humano e essa planta não consta em lugar algum - seja na internet ou nos livros fitoterápicos e de plantas medicinais. Ela é mais eficaz do que a planta "saião" que está sendo pesquisada. Já mandei e-mails para vários laboratórios e nenhum deles me deu atenção. Os pesquisadores ficam gastando dinheiro em vão e perdendo tempo com pesquisas demoradas. Enquanto isso, milhares de pessoas estão sendo deformadas, mutiladas e, inclusive, mortas pela leishmaniose. Sou testemunha viva do poder de cura da planta que eu conheço: já fui atingido pela leishmaniose que causou uma ferida enorme no meu pé direito, tentei tratamento alopático e não obtive a cura. Fiquei 3 (três) meses com esse machucado e só me curei com essa planta poderosa. Gostaria de fazer contato com alguém que queira conhecer essa planta e fazer sua manipulação com o objetivo de salvar vidas - o nosso bem maior. Além disso, tenho quase certeza de que essa planta pode, até mesmo, trazer a cura para algum tipo de câncer e, quem sabe, da AIDS também. Digo isso porque vi o quanto ela é eficaz: tomei a injeção GLUCANTINA, mas não obtive nenhum resultado. Com o uso dessa planta, me curei no prazo de 15 a 20 dias - sem qualquer sequela! Com a comercialização do possível medicamento, produzido a partir dessa planta, espero obter algum retorno financeiro, juntamente com o manipulador da fórmula, para me ajudar no sustento da minha família. Não sou mercenário, penso apenas no futuro daqueles que dependem de mim. Caso alguém se interesse pelo meu conhecimento, por favor, entre em contato comigo.
    Telefone: (031)92056809
    e E-mail:edmarodrigues1@gmail.com
    Boa tarde a todos vocês que leram o meu depoimento sobre a Leishmaniose. Consegui encontrar um cientista-pesquisador de um renomado instituto brasileiro que se interessou pelo o meu conhecimento. Para que esse conhecimento possa se tornar realidade precisarei buscar esta planta que me curou do ferimento da leishmaniose na divisa do Brasil com o Peru. Porém, precisarei de uma ajuda financeira para que eu possa buscá-la e submetê-la à apreciação do pesquisador. Se alguém for favorável a essa pesquisa e puder contribuir para o bem da humanidade, ajude-me fornecendo passagem de avião de ida e volta para Rio Branco, capital do Acre. Só estou dependendo desta passagem para dar início a essa pesquisa que, com certeza, vai salvar a vida de muitas pessoas no Brasil e no mundo! Contato: edmarodrigues1@gmail.com – Telefone: 31- 92056809

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  2. Pois é pessoal ,eu conheço a planta que pode curar muita gente desta maldita doença e ninguem agredita em mim. Eu vejo muitas pessoas sendo deformadas por causa desta doença e ninguem está interessada em pesquisar a planta que eu conheço. A planta que eu conheço é muito mais eficaz que a planta saião que está sendo pesquisada. se alguem estiver a fim de conhecer a minha planta entre em contato comigo. edmarodrigues1@gmail.com ou por telefone (31)92056809 EDMAR

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  3. Prezado,

    Procure os japoneses ou europes pois o brasileiros só gostam do que está na moda.
    Mas seja cauteloso.
    Talvez vc já deve ter ouvido falar de muitos casos de plantas nossas serem "patenteadas" como se algum deles fosse o criador delas. Como um tipo de cogumelo que nossos camponeses despreza como "mijada de cavalo". Certo estudante brasileiro, supreso, achou o tal cogumelo num catálogo internacional de especimes como sendo descoberta de um japoneses, inclusive hoje esse cogumuleo éh produzido em escala para uso medicinal e olha que só nasce nos tropico.
    Então cuidado. Valorize o que achou.
    Boa sorte.

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  4. leishmaniose é gravicontamina a pele no nariz a tambem e todo corpo

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  5. Todos os Milteforan.
    WhatsApp: (31) 99290-7705

    30ml:850,00
    60ml:1.200,00
    90ml:1.500,00

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